Ouvimos a todo momento que o povo evangélico tem crescido a cada ano, contudo, não há uma diminuição na violência, na corrupção, na miséria, etc.? Por que não está havendo diferença?
Você pode até achar um pouco duro, mas, uma grande parcela dos evangélicos está vivendo um evangelho superficial. O que falta para fazermos uma real diferença, é termos intimidade com Deus. Não há como realizar uma transformação nesse mundo sem obter uma intensa intimidade com Deus. Não adianta enchermos eventos “gospel”, lotarmos igrejas, ter programas de TV e rádio, se a principal intenção desses eventos não for para conquistar uma maior comunhão, uma maior intimidade com Deus. Para obtermos a diferença que esse mundo precisa, necessitamos principalmente de intimidade com o Senhor. Uma vez íntimos, Ele estará em nós, através do Espírito Santo, e estando em nós, os seus sinais e as suas maravilha também se manifestaram, e assim conseguiremos a real transformação, a real diferença neste mundo. Mas como atingir essa intimidade? Não existe receita de bolo, mas observando a vida de algumas pessoas, que possuíam uma intensa intimidade com Deus, cidadãos que fizeram diferença em seu tempo, como Paulo, Pedro, John Wesley, entre outros. Podemos retirar algumas atitudes que os levaram a essa intimidade.
Primeiramente sacrifício, renúncia, submissão. Não há como obter intimidade sem antes reconhecer a soberania do Senhor. Tem que haver uma entrega total. Não há espaço para o “eu”. Não há lugar para a “minha vontade”. Veja: “Jesus dizia a todos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este a salvará...”. (Lucas 9.23-24). Para conseguirmos uma intensa intimidade, é necessário que a vontade de Deus seja a nossa prioridade. Temos que permanecer nos caminhos que Ele traçou. Isso não significa sermos marionetes, e sim reconhecedores que tudo que Deus tem para nos dar é melhor e maior que podemos oferecer para nós mesmos. Dessa forma, somos totalmente dependentes da ação de Deus em nossas vidas. Sei que isso não é fácil, desistirmos de nossos sonhos, planos, desejos, etc. É contra a nossa natureza humana. Mas esse sacrifício e fundamental, para obtermos, uma comunhão com Deus. É através desse sacrifício que abriremos a porta para que a vontade de Deus se estabeleça em nossas vidas. E assim, conseguirmos caminhar para uma intimidade com Deus.
Outro principio é a meditação nas Escrituras, o salmista escreve: “Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e nela medita de dia e de noite. Pois será como árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.” (Sl. 1.2;3).
Agora por que o salmista disse meditar ao invés de ler? Será que são sinônimos? Será que no fundo é tudo a mesma coisa? Se você se fez essa pergunta a resposta é não. Eles não são sinônimos. O salmista disse meditar porque, você não podemos somente ler a palavra, não é somente memorizar o texto bíblico e achar que isso é o suficiente, pois não é. È necessário confrontarmos o que lemos com a nossa vida, para que assim nossos pensamentos, atitudes, ações sejam moldadas conforme a vontade de Deus. E não é só isso, ao meditarmos sobre a palavra conheceremos melhor a Deus e saberemos o que Ele deseja de nós.
Além da entrega total e da meditação da escritura, outro principio, talvez o maior, é a oração. A oração é o nosso elo com Deus. Para atingirmos uma intensa comunhão, precisamos ter uma vida intensa de oração.
Muitos acham que na oração temos que ser autoritários, que temos que determinar o que queremos. Mas essa não é a oração correta, não temos que ser autoritário pelo contrario, temos que ser submissos a Deus, não é a nossa vontade que tem que se manifestar e sim a vontade do Pai. O próprio Jesus no Getsêmani disse: “...faça-se a sua vontade.” (Mt 26.42). Jesus tinha uma intensa intimidade com Deus, e, além disso, ele é filho Dele, mas nem por isso Jesus deixou de reconhecer a soberania de Deus. Nossas orações também devem ter esse principio.
Nas orações, não seja um eterno pedinte, seja um eterno agradecido. Não quero dizer que você não possa pedir nada, que isso está errado, não é isso. Peça sim, peça o que for necessário, mas não se esqueça de que Deus já abençoa sua vida, que Ele te sustenta, que Ele te guia, então não se esqueça de louvar a Deus por isso.
Essa é a nossa hora de fazermos diferença, mas sem intimidade com Deus isso não é possível. Então tenha INTIMIDADE COM DEUS. Que Deus te abençoe.
Cristiano da Rocha Lisbôa
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